A nova Ecosport chega sem estepe na versão americana, mas aqui no Brasil será comercializada com o pneu reserva, como gostam os consumidores
A nova Ecosport chega sem estepe na versão americana, mas aqui no Brasil será comercializada com o pneu reserva, como gostam os consumidores | Foto: Divulgação



Um dos principais eventos automobilísticos, o Salão Internacional do Automóvel de Detroit, nos Estados Unidos, realizado no começo de janeiro, trouxe poucas novidades em lançamentos. As montadoras apostaram em veículos híbridos elétricos e nos carros conceitos. O que chamou a atenção foi a ausência de marcas de peso como Ferrari, Porshe e a Tesla, uma das grandes no setor de veículos elétricos.
Das novidades que podem sair de Detroit para as ruas brasileiras estão a nova Ecosport, que na versão americana chega sem estepe, mas no Brasil o modelo vai continuar com o tradicional pneu na traseira. Uma pesquisa mostrou que o consumidor brasileiro prefere um modelo com estepe.
O crossover segue o padrão global da Ford, com a parte frontal com grades e faróis maiores. A GM apresentou a versão renovada do Tracker, um SVU que já está rodando pelo Brasil. Mas a grande expectativa é pela chegada no mercado nacional do Equinox. Ele é aposta dos especialistas para a substituição da Captiva.
Os veículos elétricos dominaram o Salão de Detroit. A Ford anunciou o lançamento de 13 novos modelos nos próximos cincos anos. Um investimento na ordem de U$ 4,5 bilhões. Entre os modelos que podem ganhar versões híbridas estão a F-150 e o Mustang.
A americana também anunciou que pretende, até 2021, colocar no mercado o primeiro veículo totalmente autônomo. Será um carro sem volante e pedais de acelerador e de freios. Neste caminho, a Ford mostrou o protótipo do Fusion Hybrid autônomo de nova geração.

Sem inovação
O Chevrolet Bolt foi eleito o carro do ano elétrico e compacto. "O salão mostrou que os elétricos estão ganhando espaço. Embora exista uma contradição. Os carros mais vendidos nos Estados Unidos são da pick-ups. Os três modelos mais comercializados são pick-ups grandes. Modelos como as Ford F-Séries", comentou o jornalista Cézar Bresolin, especialista no setor automotivo. Ano passado, os Estados Unidos comercializaram 17,5 milhões de veículos, enquanto no Brasil foram em torno de 2 milhões.
Para Bresolin, a edição deste ano deixou a desejar em grande lançamentos. "Não tinha grandes produtos inovadores. Nenhum modelo de destaque e inovador que está chegado às ruas. Muitos carros conceitos", disse.
A Mercedez mostrou uma linha completa de carros elétricos. A Jeep apresentou Compass. A Kia Motors foi para o salão com o Stinger, um carro esportivo que deve brigar no segmento de luxo com esportividade. A Alfa Romeo está tentando conquistar os americanos com o SVU Stevio e a BMW mostrou o novo série 5.

FUTURISTAS
O Salão de Detroit é considerado um evento de tendências. E a apresentação dos carros conceitos reforçou essa característica. A Volkswagen mostrou a Kombi do Futuro. Uma versão autônoma com pretensão de sair da prancheta em 2025. A Toyota está com um carro conceito para uma pessoa.
A Nissan aposta no Vmotion 2.0, que segundo a montadora, dará o tom do design de seus futuros sedãs e tecnologia de mobilidade inteligente. O Nissan Vmotion 2.0 é uma evolução da assinatura "V-motion", característica do design frontal de vários modelos atuais, como o crossover médio Murano e o Maxima.
O design do modelo vai além, apresentando um formato tridimensional para criar o volume e a arquitetura do veículo. Neste conceito, a grade "V-motion" se torna a fuselagem principal. Remetendo ao futuro da mobilidade inteligente da Nissan, as lâmpadas que circundam o logo frontal se acendem para indicar quando o veículo está no modo Propilot, tecnologia que permitirá a funcionalidade de direção autônoma em ruas e cruzamentos. Com abertura não convencional, as portas dianteiras e traseiras criam um espaço desprovido de coluna central, abrindo-se para a espaçosa cabine.