Ela nasceu no Brasil, mas aos três anos de idade foi para o Japão, com os pais. E é na ‘‘terra do sol nascente’’ que Thaísa Mayumi Kenzo, 16 anos, mora até hoje. A adolescente é a única brasileira que integra o Manjushaka.
  Em um ato de coragem, a menina que sonha ser cantora, procurou Mama Rosa quando soube que o grupo viajaria para o Brasil. Pediu uma chance e se tornou a caçula da trupe. Penou no início. Nunca tinha ficado distante dos pais. Mas diz que está valendo a pena, mesmo com os ensaios puxados, das 10h às 21h, com pausa para o almoço.
  A história da família de Thaísa reflete o sucesso que alguns imigrantes brasileiros começam a alcançar no Japão. Eles são donos de um restaurante que serve ‘‘quentinhas’’ de comida brasileira. ‘‘No início, nossos clientes eram só brasileiros que moram por lá. Agora, até os japonenses estão comprando. Vendemos mais de 200 marmitas por dia’’, revela. Porém, quando o assunto é preconceito dos nipônicos em relação aos nikkeis, ela diz que isso ainda existe. ‘‘Mas está diminuindo. Já há uma amizade. Os japoneses gostam dos brasileiros.’’
  Encantada com o trabalho no grupo, Thaísa está feliz da vida com o trabalho artístico e com a oportunidade de ter feito uma turnê na terra aonde nasceu. ‘‘Tenho um coração dividido entre o Brasil e o Japão, no entanto, no futebol, no vôlei, no basquete ou qualquer outro esporte, quando os dois países se enfrentam, torço para o time de verde e amarelo’’, finaliza. (W.S.) n