A ajuda de um profissional permite dar nova cara ao imóvel concedendo charme e elegância
A ajuda de um profissional permite dar nova cara ao imóvel concedendo charme e elegância



Vale a pena encarar a reforma de um imóvel antigo? A resposta entre os arquitetos é unânime: com certeza. Casas e apartamentos erguidos há 50 anos ou mais podem ganhar cara nova. Na maioria das vezes, é necessário refazer as instalações elétrica e hidráulica, trocar esquadrias e revestimentos, mas as vantagens de investir nesse tipo de construção são muitas, desde o preço do metro quadrado, que costuma ser mais acessível, até o tamanho e localização privilegiada.

A arquiteta londrinense Camila Forbeck comemora a recente aquisição de um apartamento no Calçadão da cidade. Ela conta que a escolha se deu pelo estilo de vida adotado por ela e o marido. "Gostamos muito de caminhar e um dos nossos objetivos era morar perto do trabalho", diz. Ela acrescenta que outros fatores importantes na decisão foram o tamanho e qualidade no acabamento. "Ele tem paredes grossas e 280 metros quadrados de área útil, sem contar a varanda e a garagem", aponta.

Taco de madeira natural, piso de caviúna, azulejos e ladrilhos trabalhados nos banheiros, armários de madeira maciça nos quartos. Todos estes itens foram preservados na reforma. Segundo Camila, para comprar materiais do tipo hoje seria muito caro e não teria "cara de antigo". Nos banheiros, ela conta que foram trocados apenas os vasos e as pias, para dar um ar mais contemporâneo. A antiga copa foi demolida e o espaço se uniu à cozinha, que ganhou uma ilha. O quarto e o banheiro dos fundos, destinados às empregadas domésticas no passado, viraram um só ambiente, que agora é usado como depósito.

Imagem ilustrativa da imagem Repaginado e elegante



O apartamento possui três quartos, sendo um deles uma suíte. Há um banheiro entre os outros dois quartos e um lavabo. A mudança ocorreu há pouco mais de um mês em meio à reforma da cozinha. A arquiteta diz que, antes da compra de um imóvel antigo, é preciso ficar atento a alguns detalhes importantes, como sinais de infiltração, condições da tubulação, válvulas, registros e esquadrias, quais são as regras do prédio para a instalação de ar condicionado, por exemplo.

Normalmente, é necessário refazer todo o quadro elétrico. "No nosso caso, não temos gás encanado. Temos que usar botijão, assim como em qualquer casa", conta.
Outro detalhe que deve entrar na planilha de custos é a despesa com entulhos. No caso de Camila, a "logística" acabou atrasando a reforma, porque foi necessário descer com todo o entulho, passar pelo calçadão até chegar à caçamba colocada na rua. Mesmo assim, a arquiteta garante que o esforço e investimento valem a pena. "Eu estou encantadíssima com meu apartamento", revela. Os imóveis antigos, ela acrescenta, têm o pé direito alto e ampla iluminação. Mas a principal vantagem é a localização. "Sinto o centro de Londrina como um espaço muito promissor para ser um ‘centro de vida’. Nós devemos ocupá-lo para que melhorias sejam feitas", opina.

O arquiteto Marcelo Melhado, que já esteve à frente de reformas de casas e principalmente de apartamentos antigos, diz que é imprescindível respeitar a estrutura do imóvel. "Em laje e vigas a gente não deve mexer", alerta. A primeira coisa a fazer é avaliar a qualidade da construção e se ela comporta a reforma desejada. O mais recomendável, antes de decidir pela compra, é pedir uma avaliação de um profissional habilitado para fazer as intervenções. Também é importante respeitar "a linguagem" da construção e, se possível, manter elementos antigos que valorizam o imóvel.