A presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), Ignes Dequech, explica que o Plano Diretor, recentemente aprovado, foi feito com base na portaria antiga, que perdeu validade a partir de outubro do ano passado. O problema é que, na atualização das normas, o teto máximo permitido para construções no entorno do aeroporto foi rebaixado. Apesar disso, ela descarta fazer alterações no texto neste momento. "O Plano Diretor foi aprovado em conferências, após vários estudos. Não dá para fazer todo um trabalho de alteração em função de uma portaria que pode ser mudada", justifica. A previsão é que isso ocorra apenas na revisão do plano, daqui a dois anos.
O foco agora é estudar formas de minimizar os impactos das novas medidas para Londrina. "Estamos fazendo estudos para descobrir qual cota o nosso aeroporto precisa para garantir a segurança das operações", conta. A presidente do Ippul diz que, levando em consideração que algumas cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro, têm muitos morros, e essas regras foram adaptadas a essa topografia, Londrina estuda propor ao Comando da Aeronáutica a criação de "maciços" em regiões da cidade, com o objetivo de liberar uma cota maior para construções de prédios mais altos. "É uma maneira que visualizamos de tentar minimizar o problema e compatibilizar os interesses público e privado com a garantia de segurança do aeroporto." (A.S.)