O efeito de revestimentos mais sofisticados, como o mármore, é o de enobrecer o ambiente, além de trazer a sensação de homogeneidade
O efeito de revestimentos mais sofisticados, como o mármore, é o de enobrecer o ambiente, além de trazer a sensação de homogeneidade | Foto: Portobello/Divulgação



Na hora de construir ou reformar, uma das definições mais difíceis diz respeito aos acabamentos para o piso e as paredes. A indústria do revestimento evoluiu de tal forma que a variedade de materiais, cores, padrões e texturas parece ser infinita. Apesar de tantas opções, há quem decida por utilizar o mesmo revestimento no piso e na parede – não só nas áreas úmidas da casa. Essa técnica deixa o espaço mais harmônico e contínuo, além de promover a sensação de amplitude. No entanto, é necessário ter alguns cuidados ao eleger o material.

A utilização de um único revestimento em todo o ambiente, segundo a arquiteta Adriana Zanardi, favorece muito os ambientes menores ao não apresentar quebra de cor e textura. "Quando se usa o mesmo revestimento nas paredes e no chão, você cria um ambiente visualmente contínuo e com isso consegue ampliar aquele espaço, dando a sensação de que ele é maior. Dá um efeito bacana", explica.

Segundo ela, o principal critério na hora da escolha de um material que dará acabamento tanto ao piso quanto às paredes, deve ser a resistência desse revestimento. "Normalmente, os revestimentos de piso são mais resistentes do que aqueles feitos para parede. Isso porque ele vai sofrer mais impactos. Então, você pode, tranquilamente, utilizar um revestimento de piso na parede, mas nem sempre o revestimento de parede poderá ser utilizado no piso", alerta Adriana.

A coordenadora de exposição da indústria de revestimentos Portobello, Christiane Santos Viana reforça a necessidade de estar atento às especificações do material escolhido. "Para que o mesmo produto possa ser utilizado em áreas molhadas, por exemplo, ele deve ser antiderrapante e não apresentar risco de comprometimento, como manchas ou trincas, tornando o ambiente seguro", explica.

A utilização de um mesmo revestimento na parede e no piso tem se tornado, segundo Christiane, uma prática cada vez mais comum. "É uma boa opção para quem busca uma instalação rápida e o efeito de revestimentos mais sofisticados, como o mármore, enobrecendo o ambiente e trazendo a sensação de homogeneidade", explica. Outra vantagem em ter esse tipo de material na parede é a baixa manutenção, especialmente quando comparado à tinta. "Os revestimentos possuem uma grande variedade de cores, texturas e estampas, aumentando as possibilidades para o ambiente", afirma.

A cópia da madeira é um dos materiais mais utilizados quando a ideia é igualar piso e parede
A cópia da madeira é um dos materiais mais utilizados quando a ideia é igualar piso e parede



TETO
O arquiteto Caco Piacenti nem sempre concorda com ambientes totalmente revestidos com o mesmo material no piso e na parede. Mas é adepto da utilização do mesmo material do piso apenas em parte da parede e também no teto. "Em áreas não úmidas, acho tranquilo subir com o mesmo revestimento do piso por toda a parede se for, por exemplo, uma madeira nobre. Se for outro material, gosto de subir uma ‘prancha’ na parede e fazer um detalhe no teto."

Essa opção de trabalhar apenas com faixas de revestimento na parede, além de dar uma característica contemporânea ao ambiente, é, segundo Piacenti, uma boa alternativa quando se utiliza um revestimento muito caro. "Às vezes, o cliente gosta muito de um revestimento, mas não suporta o custo dele em toda a parede. Fazer um detalhe com esse revestimento pode ser uma boa saída", sugere.

MADEIRA
Quando a ideia é igualar piso e parede, um dos materiais mais utilizados é a madeira, que está sempre em alta e deixa o ambiente bonito, elegante e aconchegante. Por nem sempre ser tão ecológica, a madeira vem sendo substituída por imitações cada vez mais fiéis, que pesam menos no bolso e na consciência.