‘‘Imagino que nestes 100 anos, o nikkei ganhou muito em credibilidade. Quando se fala de um japonês logo pensamos em ética, honestidade, seriedade. No futuro, com a miscigenação, isso vai ser diluído mas o comportamento do nikkei deverá permanecer. Tanto é que hoje os descendentes têm uma representatividade muito boa na sociedade, tanto econômica quanto cultural. A influência dessa cultura milenar japonesa ainda é muito forte e, se for bem desenvolvida, continuará sendo absorvida. Isso acontece, por exemplo, nos costumes, no comportamento. Acho que as coisas boas são sempre preservadas porque sempre deixam a prática para as futuras gerações. Vão aparecer outras coisas mas o que é bom nunca acaba. Acredito que esta troca existente entre os descendentes daqui e os japoneses deve continuar, porque as coisas boas vão continuar sendo praticadas e trazidas de lá para cá. Há dez anos não existia taikô, por exmeplo, e hoje está sendo muito praticado porque todos gostam.’’
Atsushi Yoshi, presidente da Comissão Imin-100 em Londrina