A portaria no 957 do Comando da Aeronáutica, publicada em julho de 2015, com validade a partir de 15 de outubro do mesmo ano, tem preocupado as construtoras locais. Isto porque ela adere a uma norma internacional que amplia os limites de segurança dos voos, restringindo, significativamente, a área para construção de prédios. O presidente do Sinduscon Norte-PR, Osmar Ceolin Alves, explica que a altura fica limitada a 45 metros acima da linha do aeroporto (equivalente a um prédio de 15 andares) em um raio de quatro quilômetros da cabeceira da pista.
"O problema de Londrina é que o aeroporto é mais baixo que o centro e está dentro da cidade", ressalta. Para se ter uma ideia, Alves diz que a cota da cabeceira do aeroporto é de 569 metros, enquanto a da Catedral Metropolitana é de 618 metros. "Então, se tiver que construir uma casa já está fora do limite", compara. A nova portaria traça uma rota de fuga além do cone aéreo, porém, existem empecilhos preexistentes nas cidades para cumprimento da norma, como os prédios já erguidos e que, obviamente, não serão demolidos, apesar de estarem acima da altura permitida.
"Londrina tem já vários prédios existentes, não adianta falar ‘a rota vai ser no meio dos prédios’, já temos uma situação consolidada", reafirma Alves. A questão já foi motivo de reuniões entre representantes do setor, a prefeitura e a Aeronáutica. "Questão de segurança não tem meio termo, o que estamos tentando ver com eles é uma forma de atender à norma pré-definindo algumas rotas para que a cidade não fique presa a uma consulta em toda e qualquer obra", explica. (C.F.)