‘‘Para pensar sobre o futuro da comunidade brasileira de descendência japonesa é preciso rever a história, pois, segundo um provérbio oriental ‘somente respeitando os antepassados e as tradições podemos vislumbrar um futuro promissor’. Graças ao trabalho e dedicação dos imigrantes, a ascensão foi muito rápida, pois nos 100 anos de presença no Brasil ser nikkei se tornou símbolo de honestidade, responsabilidade e credibilidade. Espero que as novas gerações continuem honrando a herança recebida, mesmo com a miscigenação étnica, pois, cada vez mais, os traços mestiços vão predominar e, nos próximos 100 anos, será muito difícil encontrar descendentes no Brasil sem nenhuma mistura étnica. E se uma das preocupações era o desconhecimento do idioma nipônico por parte das futuras gerações, o movimento dekassegui reascendeu a necessidade do aprendizado da língua japonesa. Eles resgataram esse elo perdido e o conhecimento continuará sendo preservado.’’ Maria Helena Uyeda, jornalista, autora do livros Ayumi
(Caminhos Percorridos) e Hainê (Raízes)