O diretor comercial da Vectra Construtora, Cleber Mauricio de Souza, explica que a nova portaria causou prejuízos aos investidores que compraram terrenos na esperança de poder erguer grandes torres em regiões em que agora isso não será mais permitido. "Tem terreno que poderia comportar um edifício de 30 andares e, do dia para a noite, o número caiu para 15. Ou seja, o investimento virou prejuízo."
Ele calcula que a desvalorização dos terrenos vai impactar também no custo dos projetos, que se tornarão muito mais caros. A elevação deve chegar ainda ao valor do metro quadrado em algumas regiões de Londrina. "Os valores dos novos produtos virão com aumento para tentar repor um pouco dessa perda."

ARRECADAÇÃO
O secretário municipal de Obras, Walmir Matos, afirma que a nova portaria impactou de forma drástica algumas regiões com previsão de expansão em Londrina, como a zona leste, por exemplo. "O círculo é tão grande que não temos espaço para crescer de lado nenhum. Se fosse algo mais direcionado, daria pra se planejar e crescer em outras áreas", desabafa.
Para o poder público, segundo Matos, além do freio no desenvolvimento, os prejuízos serão enormes na arrecadação de impostos, já que grandes empreendimentos previstos para serem erguidos na cidade terão de ser cancelados ou revistos. Na avaliação dele, a solução é mudar o aeroporto de lugar. "Um terminal de grande porte não pode ficar dentro da cidade", argumenta. (A.S.)