Leandro Karam participa da Festa Fantasia do Tite desde a primeira edição, em 1998. Há seis anos, cobre o evento para o seu programa ''Na Moral'', exibido na NET. Há três, também faz a cobertura oficial.
Karam elogia o amigo Tite. ''Ele consegue fazer os curitibanos se soltarem. Mais: ele consegue fazer a alta sociedade se soltar, o que é mais difícil.'' O apresentador define o dono da festa como um palhaço, divertido. Diz que se existe alguém que não gosta dele é porque não o conhece. ''Cubro todas as festas da cidade e te digo: esta é única.''
O apresentador, vestido com uma fantasia que define como medieval-glacial, acredita que o evento está começando a se tornar internacional. ''Na minha opinião, em dez anos vai ser uma festa turística. É o Carnaval fora de época que Curitiba não tem.''
O nova-iorquino Patrick Schultz, analista de ações em Wall Street, era um dos frequentadores do camarote 09. Vestido de Elvis, comenta que veio ao Brasil por duas razões: festa e negócios. Como tem muitos amigos brasileiros, ficou sabendo da festa e já arrisca no português. ''Energia muito boa, you know.'' Sobre o País, já sabe o que vai contar aos amigos estadunidenses. ''Quando perguntarem, vou dizer que é muito perigoso, violento'', brinca. Na verdade, conta que quer manter em segredo o país que descobriu. ''A economia é incrível. Aqui é onde tudo acontece. É onde está a energia. Os EUA são coisa do século passado.''
Sobre a festa, diz que uma igual não seria possível, hoje, em Nova York. ''Há dez anos você poderia encontrar uma festa assim por lá. Mas o mundo muda rápido e os tempos são outros.'' O amigo Eric Pharis divide ideologia próxima. ''A festa é feia e as pessoas também. Ao menos é isso que vou contar. Achei a festa perfeita''.
A fantasia do relações públicas Lincoln Rincoski foi uma das que mais chamou à atenção. Vestido como o menino do filme ''Brinquedo Assassino'', ele carregava nos ombros o boneco do Chucky, os mesmos adereços que o próprio desfilou no Carnaval deste ano pela Viradouro. ''Fez tanto sucesso que, no meio da noite, um cara de Caxias pediu para vestir o boneco e disse que não ia largar mais. Fui obrigado a vendê-lo'', conta o relações públicas completando que guarda mais dois dos bonecos em casa. O comprador, Vinicius Gasparin, pagou à vista: R$ 250. Gasparin achou a festa ''muito bala''. Ele pagou outros R$ 2 mil pelo camarote 09, um espaço para 15 a 20 pessoas. (R.U.)