Imagem ilustrativa da imagem ‘Cidade está pronta para se industrializar’
| Foto: Gustavo Carneiro
Um dos principais projetos de Kireeff é a Cidade Industrial de Londrina: "Infraestrutura deve começar em agosto"
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As condições necessárias para que Londrina volte a se industrializar estão criadas. Essa é avaliação do prefeito Alexandre Kireeff (PSD), cujo mandato termina em dezembro. Ele alega que, por muito tempo, o setor não se desenvolveu devido à falta de infraestrutura adequada e à legislação pouco amigável aos empreendimentos. Em entrevista concedida à FOLHA, o prefeito fez um balanço das ações de seu governo visando o desenvolvimento da indústria.
Um dos principais projetos de Kireeff é a Cidade Industrial de Londrina (Cilon I). O parque ficará numa área pertencente ao município, na zona norte, próximo a Cambé. Serão 255 lotes com cerca de 2 mil metros quadrados para a instalação de indústrias do tipo 1 e 2, que têm baixo impacto ambiental.
"Nossa expectativa é começar as obras de infraestrutura em agosto. Os projetos estão em fase final de aprovação", afirma. As obras de asfalto, galeria pluvial, esgoto, iluminação, devem durar de seis meses a um ano. A Prefeitura irá abrir edital para que as empresas se candidatem a receber os terrenos. "Daremos preferência para indústrias verdes e aquelas que trabalham com produtos recicláveis", alega.
Já o projeto da Cilon II, na zona sul, está suspenso em virtude de liminar concedida pela Justiça em favor de uma ONG. A organização alega que o terreno escolhido pelo Município pertence à zona de amortecimento da Mata dos Godoy. E, por isso, não pode abrigar indústrias. Kireeff diz que é preciso esperar o encerramento do processo ou uma nova definição do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) sobre a zona de amortecimento. Se tiver de escolher outra área, ele defende que a Cilon II, planejado para abrigar indústrias pesadas, seja construído na mesma região, no outro lado da PR-445, saída para Curitiba.
O prefeito citou também a regularização do Parque Tecnológico, na zona norte, onde são instaladas empresas de base tecnológica, como as de biotecnologia. "Lá já temos cerca de 80% dos terrenos doados. Há várias empresas que estão construindo neste momento e outras que estão em fase de elaboração de projetos."
Dentro do Parque Tecnológico, a Prefeitura está construindo o Tecnocentro. "Será um laboratório de pesquisa para as empresas do parque. A gestão será do Senai e da Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR)", explica. A vinda da Compagás, no início do mandato de Kireeff, é outro facilitador da industrialização da cidade, conforme defende ele.
"Também fizemos a expansão da Avenida Saul Elikind (zona norte) para leste, em direção a Ibiporã, e para Oeste, em direção a Cambé. Essa obra cria a logística necessária para as indústrias da região", avalia. A duplicação da Avenida Angelina Ricci Vezozzo é outra obra citada por ele como importante, já que, ao lado leste da via, encontram-se áreas industriais, como o Lote 70.
Além da infraestrutura, o balanço de Kireeff inclui mudanças na legislação. "Aprovamos o novo plano diretor, sem o qual não seria possível criar as áreas industriais. Aprovamos a lei que permite indústria às margens das rodovias", enumera. Embora a Câmara Municipal ainda não tenha aprovado o projeto de lei que regulamenta o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), o prefeito considera que um decreto baixado pelo Executivo tornou eficaz a tramitação desses estudos.
Os EIVs são obrigatórios para qualquer tipo de empreendimento que gere impacto na cidade. E, no início da atual gestão, levavam mais de um ano para tramitarem na Prefeitura. "Hoje não tem mais fila de EIV", garante Kireeff.