Se você é católico, trabalhe

O que está acontecendo com os líderes da Igreja? Essa é a pergunta que católicos de nossa cidade e de todo o Brasil estão fazendo diante da convocação para a "greve geral" da próxima sexta-feira (28 de abril), feita pela CNBB e por diversos arcebispos no país. Eles aderiram ao Dia do Não Trabalho e querem que nós, fiéis católicos, façamos o mesmo!

Quem conhece o modus operandi dos movimentos de esquerda — e modéstia à parte eu o conheço, porque vim de lá — sabe que protestos dessa natureza nunca declaram o seu verdadeiro objetivo principal. É uma das regras de ouro do guru mafioso da esquerda mundial, Saul Alinsky: "Nunca deixe o seu inimigo saber o que você está querendo de verdade".

O verdadeiro motivo da "greve geral" não é a reforma da previdência, mas fazer uma demonstração de força e assim evitar a prisão de Lula. Adicionalmente, há o interesse dos sindicatos em manter a sua sinecura (o imposto sindical) e dos que se beneficiam com a indústria de ações trabalhistas. Mas o principal objetivo do protesto é garantir a liberdade do único candidato presidencial viável da esquerda brasileira.

Não se trata de ser favorável ou contrário à reforma da previdência. Trata-se de ser ou não marionete de uma organização criminosa que pretende voltar ao poder central do País.

Prefiro acreditar que os arcebispos desta vez estejam apenas equivocados e tenham sido levados ao erro pelos ideólogos esquerdistas. Afinal, é raro encontrar um líder católico que domine os meandros da mentalidade revolucionária e do pensamento dialético. Mas, infelizmente, noto que os setores da Igreja partidários da greve geral tendem a ser os mesmos que se calaram com o Petrolão e a destruição da economia e da cultura brasileira pelo PT. E pior: ignoram ou desprezam o fato de que a esquerda comanda os mais perniciosos ataques à família brasileira, através dos poderosos movimentos pela liberação do aborto e disseminação da ideologia de gênero nas escolas.

Se você é católico, faça duas coisas nesta sexta-feira: reze e trabalhe. Deixe a "greve geral" para aqueles que acreditam no poder deste mundo.