Imagem ilustrativa da imagem Rezemos por Dom Albano
| Foto: Marcos Zanutto/02-12-2013



Rezemos por Dom Albano. Essa foi a primeira frase que escrevi no dia de ontem, logo ao despertar. Nesta quarta-feira, nosso querido arcebispo seria submetido a um cateterismo, procedimento delicado, sobretudo para alguém na sua idade. Nas redes sociais, podemos sentir a força da oração dos fiéis londrinenses, que tanto o estimam.

Na mesma hora em que Dom Albano estava no hospital, realizava-se em Londrina um debate sobre ideologia de gênero.

Na mesa redonda da PUC, realizada no Teatro Marista, havia dois debatedores favoráveis e dois debatedores contrários à causa em tela. O fato de haver duas posições distintas já é um grande avanço em relação aos habituais debates universitários no Brasil, quando geralmente só um dos lados — a esquerda — tem oportunidade de falar. As pequenas divergências internas da esquerda são apresentadas como democracia. Quase sempre, o ideal conservador, embora majoritário entre o povo, tem o direito de permanecer calado. Só por não seguir essa regra hegemônica, a PUC está de parabéns.

A ideologia do gênero, mesmo rejeitada pela maioria da população, tornou-se um dos itens fundamentais da agenda esquerdista em nosso país, principalmente após a saída constitucional da sra. Dilma e a acachapante derrota do PT e linhas auxiliares nas urnas. Se Dom Albano estivesse presente ao debate no auditório que leva seu nome, ele certamente estaria ao lado dos adversários da referida ideologia. Alguns de seus mais memoráveis sermões, nos últimos tempos, trataram exatamente desse assunto. O Papa Francisco também é enfático: "A ideologia de gênero é contrária aos planos de Deus".

Defensor convicto da família, Dom Albano foi um dos grandes responsáveis pela eliminação do termo "ideologia de gênero" nas escolas municipais de Londrina, no ano passado. Outro grande especialista no tema é o padre José Rafael Solano Durán, autor do livro "Ideologia de Gênero e a Crise da Identidade Sexual" e pós-doutor em Teologia Moral pela Universidade Lateranense de Roma — Instituto João Paulo II.

Tenho orgulho de poucas coisas nesta vida — ser pai do Pedro, ser marido da Rosângela, escrever na Folha —, mas uma delas certamente é desfrutar da amizade desses dois homens de Deus, Dom Albano e Padre Rafael (este é também meu vizinho). Todos os dias eles me ensinam algo novo e vital.

Por isso, humildemente eu peço a vocês, meus queridos sete leitores, que rezem pela saúde do Dom Albano, para que ele fique mais alguns anos entre a gente. Não importa se você é católico, se você é cristão, se você acredita em Deus ou não: reze. Deus ouvirá. Maria ouvirá e suplicará a Jesus. Dom Albano, permaneça entre nós.

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