Sempre que surge uma aberração como o "jogo da baleia azul", que tem como objetivo final o suicídio de nossos filhos, é recomendável dirigir um olhar a duas fontes de sabedoria: a estrutura da realidade (criada por Deus) e os clássicos da literatura (criados pelos homens). Uma das obras que mais me fascinaram ao longo da vida foi o livro "Moby Dick", de Herman Melville (1819-1891). Tanto que dei o título de "Diário de Moby Dick" ao meu primeiro livro, escrito em parceria com meu querido pai, Paulo Lourenço.

"Moby Dick ou A Baleia" conta a história de um velho marinheiro, o Capitão Ahab, obcecado por matar a baleia branca que lhe arrancou uma das pernas. A ira de Ahab é tão absoluta e demoníaca que ele não se importa em conduzir toda uma tripulação de marinheiros para a morte. O mal, no caso, não está na baleia, mas no coração do próprio marinheiro.

Imagem ilustrativa da imagem Por dentro da baleia azul
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O mundo vive hoje sob a influência de muitos "Capitães Ahabs". O espírito do marinheiro louco se personifica hoje nos ideólogos da cultura da morte (denunciada pelo maior homem do nosso tempo, S. João Paulo II).

O jogo da baleia azul está ao nosso lado, quando não dentro de nós.

Há um jogo da baleia azul no movimento internacional pela liberação do aborto, que advoga a morte de crianças inocentes no ventre das próprias mães.

Há um jogo da baleia azul no tráfico de drogas, que transformou nosso país na pátria do homicídio, com 70 mil mortes violentas por ano, e destrói incontáveis famílias em toda parte. Uma das fases desse jogo é a suja campanha pela liberação das drogas.

Há um jogo da baleia azul na erotização da infância e na tentativa de implantar a ideologia de gênero nas escolas.

Há um jogo da baleia azul no discurso que demoniza a iniciativa privada e a atividade empresarial, muito comum na boca de nossos acadêmicos esquerdistas, cegos ao fato que esse discurso fundamentou o genocídio de 100 milhões de seres humanos no último século.

Há um jogo da baleia azul na tragédia venezuelana, que poderia (e ainda pode) vir a ser a nossa tragédia.

Há um jogo da baleia azul na corrupção que envolveu praticamente toda a classe política brasileira, em um suicídio moral coletivo.

Há um jogo da baleia azul no psicopata que quer voltar ao poder para fugir da cadeia.

Há um jogo da baleia azul na defesa dos bandidos e no desarmamento da população.

Há um jogo da baleia azul nas greves políticas, na doutrinação ideológica das crianças, na partidarização de instituições, igrejas e escolas.

Há um jogo da baleia azul nos inquisidores universitários que perseguem, intimidam, censuram e atormentam professores e alunos que pensam de maneira diferente.

Há um jogo da baleia azul nas cegueiras radicais de toda espécie, sejam as ambientais (quando desconsideram a primazia do humano), sejam as religiosas (quando utilizam o terrorismo para impor suas crenças).

O jogo da baleia azul é apenas outro nome para a cultura da morte. Trata-se do conflito decisivo entre o bem e o mal — e o que está em jogo é o destino da humanidade.

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