Imagem ilustrativa da imagem Os excluídos do grito
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Antigamente o feriado de 7 de setembro era a ocasião para manifestações públicas de civismo e amor à Pátria. Em Londrina, desde os anos 40, o Dia da Independência foi sempre marcado por belos desfiles dos colégios locais, notadamente o Hugo Simas, o Mãe de Deus e o Marista. A Igreja tinha forte e entusiástica participação nos festejos. Até hoje, graças a Deus, algumas instituições continuam celebrando o 7 de setembro e buscam manter viva a tradição patriótica; o Tiro de Guerra de Londrina é um bom exemplo.

Mas, em algum momento da história, o 7 de setembro começou a sofrer modificações. Com o surgimento do PT, nos anos 80, a data sofreu uma "ocupação" de viés acentuadamente revolucionário. Partidos políticos, sindicatos, movimentos sociais e grupos de pressão, todos ligados à ideologia esquerdista, resolveram transformar o Grito da Independência em Grito dos Excluídos. A camisa verde-amarela foi substituída pela camisa vermelha. A bandeira do Brasil foi substituída pelos símbolos comunistas.

É verdade que, durante os 13 anos de reinado petista, o Grito de Excluídos foi meio rouco, para evitar desgastes aos companheiros que estavam no poder. Mas agora, depois do impeachment, depois da surra nas eleições, depois da sentença de Sérgio Moro, depois do fracasso retumbante da caravana do Grande Líder, tudo que restou à esquerda brasileira é fazer um barulhinho no 7 de setembro.

Lamento informar que os verdadeiros excluídos não estarão presentes ao protesto organizado pelos filhos da CUT. Os verdadeiros excluídos não gritam; hoje, eles apenas choram, rezam e esperam.

Os excluídos são os 14 milhões de desempregados.
Os excluídos são os 60 milhões de inadimplentes.
Os excluídos são os 70 mil assassinados por ano.
Os excluídos são os cristãos, cada vez mais perseguidos em todo o mundo.
Os excluídos são os cidadãos pagadores de impostos, que trabalham até maio para sustentar um governo corrupto e ineficiente.
Os excluídos são as vítimas de um Estado paquidérmico, que mesmo parasitando a sociedade inteira (a começar pelos mais pobres), continua gastador e endividado.
Os excluídos são as vítimas do aborto e do tráfico de drogas, crimes que grupos ideológicos desejam legalizar e disseminar no Brasil.
Os excluídos são os filhos do Brasil, não os filhos da CUT. São aqueles que hoje pagam o preço da corrupção utilizada como método de governo. São as vítimas do genocídio cultural, educacional e econômico da nação.
Os verdadeiros excluídos somos eu e você, caro leitor, e junto conosco a maioria absoluta dos cidadãos brasileiros. São todos aqueles que não pertencem à elite político-burocrática que domina o País há mais de 30 anos.

Mas nós não temos voz. Fomos excluídos do grito.