Imagem ilustrativa da imagem O show da vida loka
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O Rio de Janeiro é hoje a síntese da tragédia brasileira: um dos lugares mais lindos do mundo transformado em inferno por uma casta de bandidos. Poder público arruinado; ex-governador condenado a 80 anos de prisão; funcionários e aposentados sem receber; traficantes fazendo a população de refém; mais de 100 policiais assassinados — essa coleção de horrores faz do Rio hoje o exemplo de tudo aquilo que NÃO deveríamos aceitar nunca.

Mas não é que uma elite de queridinhos da mídia, encastelados no poder da mentira, quer impor ao País a mesma agenda que devastou a antiga Cidade Maravilhosa nos últimos 35 anos? Um dos primeiros itens dessa agenda infernal é a descriminalização das drogas, a começar pela maconha. É o show da vida loka.

O médico psiquiatra Marcos Liboni, professor da Universidade Estadual de Londrina, não gosta de usar o termo "liberação" da maconha — porque, na prática, ela já está liberada. "O uso de drogas está disseminado de forma epidêmica no Brasil", alerta o psiquiatra. "O que alguns defendem, apesar disso, é a descriminalização".

Tão sonhada pelos chefões globalistas e queridinhos da mídia, a tal descriminalização das drogas só dá certo mesmo no mundo dos sonhos. "No mundo real, onde a sanha de lucro e poder do crime não têm limites, a descriminalização das drogas só traria mais violência e aumentaria a escalada da gravidade do tipo de drogas e do uso delas. Não contemplamos uma elevação de consciência da sociedade para que o comércio paralelo das drogas cesse hoje", afirma Liboni.

Sob o aspecto médico, o uso disseminado da maconha é extremamente preocupante. Estudo recente feito com 68 mil jovens na Austrália demonstra que, em qualquer nível de consumo, a maconha leva à depressão. Conforme o uso se torna rotineiro, cresce de modo assustador a ocorrência de pensamentos suicidas, esquizofrenia e psicose. Sem falar no transtorno cognitivo, nos quadros demenciais, na apatia e na diminuição da fertilidade — também problemas recorrentes nos usuários.

"Em contato com colegas holandeses nos congressos europeus, Marcos Liboni testemunhou o relato deles de que a legalização da maconha na Holanda aumentou a criminalidade e o consumo de drogas mais pesadas e ilícitas — e hoje a experiência, de forma global para a população local e a medicina, é vista como catastrófica. "Nós, que somos pais de família, queremos construir uma sociedade que possa crescer sem esse tipo de inferno", diz o psiquiatra.

A maconha tornou-se o ponto de partida para a criação de uma sociedade demencial, em que os cidadãos funcionem como autômatos de um poder totalitário e profundamente corrupto. Nada mais adequado, para os donos do poder, do que uma sociedade letárgica. A "vida loka" é o outro nome para a morte do espírito e da liberdade, numa ditadura sem fim sobre uma sociedade que não pensa, não reage e não vive, apenas sobrevive.

O show da vida loka chama-se inferno.

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