Imagem ilustrativa da imagem O capitão dos nossos sonhos



Estávamos tristes na sala, diante da TV. Pedro estranhou:

— Papai, o Pelé morreu?

Respondi:

— Não, filho. Mas foi quase isso.

Expliquei a ele, então, que quem havia morrido era Carlos Alberto Torres, o eterno capitão do tri.

A notícia pegou o país inteiro de surpresa. Ninguém esperava que Carlos Alberto partisse tão cedo e tão subitamente — principalmente nós, que acompanhamos futebol e víamos todas as semanas o "Capita" comentando as rodadas do Campeonato Brasileiro no canal Sportv. Sempre com uma educação e uma gentileza dignas de um lorde inglês.

Nasci em 1970, 19 dias daquela inesquecível final entre Brasil e Itália. Minha sempre dizia que eu assisti ao jogo de dentro da barriga dela, e que por pouco não nasci enquanto o Brasil conquistava a Jules Rimet. Nasci com aquela vitória; e uma parte de mim morre com a morte do capitão.

O gol de Carlos Alberto aos 41 minutos do segundo tempo permanecerá como um dos mais lindos da história do futebol.

E quem deu o passe para ele foi o Pelé, Pedro: