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Um livro importante para entender o tempo em que vivemos é "A Mente Esquerdista — As Causas Psicológicas da Loucura Política", do psiquiatra norte-americano Lyle H. Rossiter. O trecho mais impressionante do livro é o capítulo denominado "Manifesto esquerdista: princípios fundamentais", em que ele enumera alguns dos mais importantes preceitos seguidos pelos militantes modernos. Farei aqui um breve resumo desse infame códex:

1. Os cidadãos de um país na verdade são crianças de um governo paternalista e devem seguir as obrigações prescritas por intelectuais e políticos esquerdistas através de leis, de decisões judiciais e dos cânones do politicamente correto.

2. A autoconfiança e a responsabilidade individual devem ser diminuídas sempre.

3. O indivíduo deve subordinar-se ao Partido e ao Estado.

4. Nos setores mais importantes da vida, a direção por uma elite de filósofos e engenheiros sociais é superior às direções que as pessoas escolhem para si mesmas.

5. Os direitos tradicionais de propriedade e de contrato, além de outras proteções da liberdade contra a usurpação do Estado, devem estar subordinados ao processo coletivo.

6. Só existe uma forma de gratidão: aquela que se dirige aos agentes políticos, ao Estado ou ao Partido.

7. As definições coletivistas de justiça distributiva e social devem substituir considerações anteriores de benefícios merecidos, título justo, liberdade de troca, processo devido, direitos de associação e precedente histórico.

8. Atos voluntários de compaixão e caridade feitos por indivíduos ou grupos privados são sempre inferiores às atividades assistencialistas do Estado, não podem substituir a estrutura de bem-estar do Estado e não conseguem atender as necessidades das pessoas.
9. Reparações a pessoas identificadas pelo Estado (ou Partido) podem ser feitas por transferência forçada de propriedade de outras pessoas, que são identificadas como responsáveis pelos danos ou desvantagens, ainda que não tenham feito pessoalmente nada de errado.

10. Direitos à vida, liberdade e propriedade devem ser colocados de lado em favor de quaisquer direitos coletivos afirmados pelo Estado.

11. A natureza humana é altamente maleável, podendo ser moldada e aprimorada para acomodar os ideais coletivistas sem contradições e consequências adversas.

12. As prescrições de como agir e como não agir não devem ser baseadas na ética e sabedoria moral destiladas por séculos, mas em vez disso devem ser decididas por intelectuais de esquerda e promulgadas através de cânones politicamente corretos ou evoluídas através da criação de estilos de vida alternativos.

13. Condenar o comportamento de outras pessoas com base no certo e errado, ou no bom e mau, é algo desagradável, maldoso e pode diminuir a autoestima; mas este mesmo criticismo dos outros, feito pelos esquerdistas, não deve ser sujeito à desaprovação, por ser necessário à justiça social.