Imagem ilustrativa da imagem Impeachment para bandidos


Michel Temer qualificou a chacina no presídio em Manaus como "acidente pavoroso".

Se Tomás de Aquino denominava acidental tudo aquilo que acontece a um sujeito sem ser exigido por sua essência, creio que o banho de sangue no presídio amazônico pode ser chamado de várias coisas, menos de acidente, ainda que que a palavra venha acompanhada do adjetivo "pavoroso".

A escolha dessa palavra por Temer me deixa apreensivo quanto ao futuro da segurança pública no Brasil. Vivemos em um país com 60 mil homicídios por ano, número maior que o de países em guerra como a Síria; isso quer dizer que temos no país quase três massacres de Manaus a cada 24 horas.

A carnificina de Manaus não é, portanto, um "acidente" no panorama da segurança pública nacional. Faz parte de sua essência.

Se não houver mudanças substanciais no sistema, o pavor se tornará não apenas um "acidente", mas a própria norma de toda a sociedade brasileira.

Entre as principais medidas — as medidas realmente essenciais — está o desmantelamento dos partidos do crime que imperam nas prisões, a começar pelo enclausuramento em regime especial de seus líderes.

Está na hora de fazer um impeachment geral para esses partidos da morte.