Imagem ilustrativa da imagem Copo de veneno
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Se lhe mostrassem um copo de leite e um copo de veneno, qual você escolheria para dar ao seu filho? Pois são exatamente essas duas opções que temos diante de nós: o copo de leite de uma sociedade livre e o copo de veneno do socialismo. É certo que o leite pode ser de má qualidade, pode ser aguado, pode até azedar — mas nada impede que seja substituído por um produto semelhante, melhor e mais saudável. A alternativa oferecida pelos movimentos esquerdistas que invadem as escolas públicas do Paraná é o copo de veneno. Não o veneno comum, que intoxica o corpo; o veneno ideológico, que corrompe a alma. Pergunto mais uma vez: qual dos dois copos você daria ao seu filho?

Nesta triste segunda-feira, um jovem de foi morto a facadas numa escola de Santa Felicidade, em Curitiba. E por que esse jovem estava lá? Porque as escolas paranaenses se transformaram em jardins das aflições comandados por militantes do caos. O ensino público em nosso Estado vai sendo transformado gradativamente em gulag. E os prisioneiros desse gulag são nossas crianças e jovens.

Derrotados fragorosamente nas urnas e na Operação Lava Jato, os partidos de esquerda e seus braços sindicais passaram a aliciar inocentes sem a mínima consideração pelo futuro e pela integridade física de suas vítimas.

Recebi a notícia da morte do jovem de Santa Felicidade depois de ver a mãe de um estudante sendo impedida de entrar na escola invadida para ver seu filho. A imagem daquela mãe, barrada por um leão-de-chácara, fez-me pensar no livro "Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley, em que as palavras "mãe" e "pai" estão banidas para sempre da linguagem humana. É esse o mundo defendido pelos comandantes das invasões: o mundo em que a palavra de um comissário político tem mais valor do que a preocupação de uma pobre mãe.

Eu chorei por essa mãe.

Ao acompanhar as notícias sobre o assassinato em Curitiba, imediatamente pensei em outro livro, que acabo de ler: "Celso Daniel — Política, corrupção e morte no coração do PT", de Silvio Navarro. Perplexo, acompanhei pelas redes sociais e sites de notícias a guerra de narrativas em torno da tragédia. Não vi os militantes do caos destacarem expressões de pesar pela morte do menino ou de compaixão pela dor de seus familiares. A prioridade era desfazer qualquer vínculo entre a morte e as "ocupações" e, se possível, jogar a responsabilidade pelo ocorrido na conta do governador Beto Richa.

Reproduzia-se, de maneira idêntica, a reação dos dirigentes do PT pouco após a morte do prefeito Celso Daniel. Em todos os diálogos gravados pela polícia em 2002, os companheiros simplesmente ignoram o amigo que acabou de ser morto. O importante era preservar o "projeto político" — assim como o urgente hoje, para os líderes militantes, a prioridade é manter as "ocupações".

Eu chorei por esse menino — assim como chorei, em 2002, por Celso Daniel. Hoje eu choro pelo Paraná e pelo Brasil, pois aquele menino poderia ser nosso filho.

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