Imagem ilustrativa da imagem Bora, Temer
| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil



Bora, Temer. Bora reconstruir o país. Não nego que você tenha tido lá a sua culpa por colocar e manter a esquerda no poder nos últimos anos — tanto que não votei em você, ao contrário de muita gente por aí —, mas agora é a hora de se redimir. Sabe qual a melhor forma de pedir desculpas? Fazendo um bom trabalho. Bora.

Bora, Temer. Bora diminuir o tamanho e o poderio de Estado que só faz sugar as energias e os recursos da sociedade. Bora privatizar tudo que puder ser privatizado, começando pelas empresas públicas que de públicas só têm o nome e a ineficiência. Bora enfraquecer o Leviatã, esse gigantesco parasita que é a origem de toda corrupção, e você sabe disso, você é um cara inteligente.

Bora, Temer. Bora tirar a petezada do governo e reduzir não apenas o cabide de empregos, mas o cabedal de favores e mamatas. Bora cortar as asinhas dos companheiros que continuam querendo dar as cartas nos mais diversos setores da administração pública e da sociedade civil, achando que ainda mandam alguma coisa.

Bora retomar para o conjunto da população as escolas e universidades que foram tomadas de assalto por militantes disfarçados de professores. Bora apoiar e capacitar os professores e estudantes sérios, que são a grande maioria silenciosa e oprimida nos ambientes escolares. Bora restituir às famílias o papel principal na educação das crianças. Bora acabar com a ideologia de gênero e a engenharia social na sala de aula. Mais do que uma escola sem partido, nós precisamos de uma escola sem comunismo. Uma escola onde a estrutura da realidade fale mais alto do que qualquer ideologia. Uma escola em que os estudantes não passem vergonha nos testes internacionais de qualidade de ensino. Bora!

Bora fazer a reforma trabalhista, desonerando a folha de pagamento dos trabalhadores. Bora reduzir a burocracia e enterrar de vez essa aberração chamada imposto sindical — porque ninguém é obrigado a sustentar sindicato que faz greve contra a maioria da população. Bora apoiar a economia de mercado — porque só ela vai reduzir essa vergonha de ter 12 milhões de brasileiros sem emprego.

Bora combater os dois monstros que os esquerdistas modernos mais utilizam para sufocar o empresariado: a inflação e os impostos. Ninguém aguenta mais trabalhar cinco meses para financiar essa máquina gigantesca e incompetente. E a inflação é o pior dos impostos, porque mata a própria moeda. Bora acabar com isso!

Bora combater o crime, começando por mandar embora ministros e assessores que tentam sabotar a Lava Jato. Bora fortalecer a polícia e lutar para diminuir esse inaceitável número de 60 mil homicídios por ano, pior que o de países em guerra.

Bora fazer tanta coisa, Temer. Bora trocar Rouanet por Rua Neles. Bora acabar com a Bolsa BNDES. Bora romper com os países toscos que se negaram a escutá-lo na ONU. Bora falar um português compreensível. Bora esquecer Brasília e ouvir o Brasil.

Agora, se você não fizer nada disso, melhor ir embora, Temer.


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