Imagem ilustrativa da imagem Pe Romão e a Terra Santa



Uma jornada espiritual transformadora. Essa é a definição usada pelo Padre Romão Antonio Martins ao referir-se à peregrinação à Terra Santa, seu roteiro preferido quando o assunto é viagem religiosa. Preparando-se para comandar pela terceira vez uma excursão de peregrinos londrinenses a diversos lugares sagrados mencionados na bíblia, o pároco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora (Dom Bosco) contou ao blog Embarque algumas curiosidades sobre as experiências vividas no Egito, Jordânia e Israel.

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A primeira visita de Pe Romão à Terra Santa aconteceu em 2012. "Era um sonho muito distante, que parecia inatingível. Mas naquela época o dólar estava mais barato e com bastante planejamento acabou sendo bem mais fácil do que parecia. Viajei com um grupo de 140 paroquianos e todos voltamos transformados da viagem", conta o pároco que repetiu a experiência no ano seguinte ao lado de 44 peregrinos londrinenses.


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A peregrinação comandada pelo padre tem início no Egito. "Após cerca de 24 horas de voo, incluindo as conexões, chegamos ao nosso primeiro destino, a cidade de Cairo. Lá visitamos alguns lugares onde Maria e José viveram após fugirem de Israel para salvar a vida de Jesus, pois o rei Heródes havia ordenado que todos os bebês recém-nascidos da Judéia fossem mortos pois sentia seu reinado ameaçado com a chegada do Messias", relata Pe Romão.



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O segundo roteiro no Egito é o Monte Sinai, onde Moisés recebeu de Deus os Dez Mandamentos. "O pico do monte tem mais de dois mil metros de altura e devido à alta temperatura do deserto só é possível subir até lá durante a madrugada. Então a gente faz esse caminho entre 1 hora e 5 horas da manhã, período em que o calor é mais ameno", explica o pároco.



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Pe Romão salienta que o povo árabe costuma receber muito bem os brasileiros. "Quando eles ficam sabendo que a gente é do Brasil começam a cantar sambas e citam o nome de alguns jogadores de futebol daqui que são mundialmente conhecidos. O povo do Egito é muito receptivo e não tem não lembram em nada a imagem de terroristas, radicalistas e intolerantes que chega aqui para nós pela grande mídia influenciada pelos americanos", salienta.



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O próximo roteiro é Israel. "Essa viagem do Egito até Israel é feita de ônibus, passando por cerca de 400 quilômetros pelo deserto. O motorista do ônibus costuma fazer uma parada para que os peregrinos tenham a experiência de caminhar alguns minutos a pé naquele calor extremo. A gente fica impressionado com a paisagem árida e sem árvores e imagina o sofrimento de Maria e José para atravessar esse percurso levando uma criança recém-nascida", ressalta Pe Romão.


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O Mar Morto, o Rio Jordão, a cidade de Jericó e a região da Galiléia, estão entre os locais visitados em Israel antes de chegar à capital Jerusalém. "O Mar Morto na realidade é um lago de água salgada com teor de sal dez vezes superior à dos oceanos. De lá, seguimos para Jericó, que é considerada a cidade mais velha do mundo, com cerca de 10 mil anos de existência. Nesta mesma região está o Monte das Tentações, onde Jesus jejuou por 40 dias e 40 noites, e o Monte Tabor, local da transfiguração de Cristo. Passamos também pela região da Galiléia, onde Jesus morou e lá visitamos o local onde Ele foi batizado, no Rio Jordão", detalha.


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A chegada a Jerusalém marca o final do roteiro e a parte mais emocionante da viagem, segundo Pe Romão. "Em Jerusalém está o Muro das Lamentações, que é a parede de arrimo que servia de alicerce para o Templo de Salomão, primeiro templo religioso construído mil anos antes de Cristo. O peregrino tem ainda a oportunidade de visitar a Igreja do Pai Nosso, onde Jesus ensinou oração aos cristãos. O caminho da Via Sacra, onde Cristo passou carregando a cruz. A Igreja Galicanto, onde foi julgado e condenado. Além da Basílica do Santo Sepulcro, construída no local da crucificação de Jesus", esclarece.


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De acordo com o religioso, o melhor período do ano para realizar a viagem é entre os meses de abril e junho. "É quando termina o inverno e tudo começa a ressucitar. Nesta fase as temperaturas são mais amenas", aconselha. Tênis e roupas leves estão entre as dicas de bagagem. "Vale destacar que a peregrinação é muito diferente de uma viagem turística. Então deve-se optar sempre pelo conforto na hora de escolher os trajes. Outra recomendação para as mulheres é não usar roupas muito curtas, pois em alguns locais é proibida a entrada com esse tipo de vestimenta", aconselha.


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Padre Romão garante que a melhor bagagem é a experiência espiritual que o peregrino vive durante a jornada à Terra Santa. "Essa viagem promove uma transformação que faz com que os peregrinos passem a ter uma outra visão do mundo e de suas próprias vidas. É um divisor de águas, uma experiência que fica marcada para o resto da vida", garante o pároco ao informar que está preparando uma nova peregrinação para o mês de abril de 2017.