Números positivos da economia trazem algum alento ao País
O campo é o grande responsável pelas boas notícias da semana passada na economia, queda da inflação dos alimentos, aumento do PIB e superávit na balança comercial.

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A cesta básica nacional
Este conjunto de produtos, também chamado de Ração Essencial Mínima, é composto por treze itens de gêneros alimentícios e é utilizado nacionalmente como referência para o levantamento de preços buscando identificar a inflação dos alimentos para as classes sociais de pequena renda.

Em Londrina caiu 5,6%
Realizada mensalmente pelo Grupo de Pesquisas em Análises Econômicas da UTFPR – campus Londrina, o levantamento do preço da cesta básica nacional em Londrina mostrou significativa redução na comparação com o mês de abril, em especial pela queda do preço da banana, do tomate e da batata.

Na comparação com outros períodos
Quando comparado com o preço do mesmo mês do ano passado, o valor da cesta básica no mês de maio também mostrou redução, neste caso de 7,42% e desde o início do ano a redução foi de 4,1%.

Mas não só em Londrina
Em todo o Brasil, os produtos que compõem a cesta básica nacional têm apresentado comportamento de preços que ajudam a manter o poder de compra dos salários.

Além disso, a grande safra agrícola que temos neste ano também ajuda a reduzir os preços nos demais produtos agropecuários e são enorme propulsor da indústria de transformação voltada para o setor.

Inflação e queda na taxa básica de juros
E foi com base nos indicadores de inflação que o Comitê de Política Monetária (COPOM) pode tomar a decisão pela redução em mais um ponto percentual na taxa básica de juros.

Como escrevemos na coluna passada, fundamentalmente dois pontos são considerados nesta decisão: o risco país, que foi elevado em razão das denúncias da JBS, e a taxa de inflação do período, essa em queda.

No frigir dos ovos, a decisão do Comitê foi por uma redução menor do que a que se esperava antes da crise, mas em linha com o pensamento da grande maioria dos economistas, deixando a SELIC a 10,25% até o próximo período de análise que acontece nos dias 25 e 26 de julho.

São urgentes as reformas estruturais
É de se observar, no entanto, que reformas estruturais precisam ser aprovadas pelo Congresso, confirmando para o setor produtivo que a queda de juros continuará na descendência, agora pela diminuição do risco país.

Se o Brasil não conseguir provar que é capaz de pagar suas dívidas, ou ao menos fazer com que elas cresçam em um ritmo significativamente menor, não há dúvidas de que a necessidade de financiamento da dívida pública provocará uma necessidade de elevação da taxa de juros de maneira a tornar aceitável o risco para quem emprestar dinheiro para o governo.

E tem que ser para ontem
O crescimento alardeado de 1% no primeiro semestre do ano só foi possível graças a um crescimento de 13,4% da agropecuária, visto que a indústria contribuiu com meros 0,9%, e o setor de serviços permaneceu zerado.

Mas se comparado o PIB deste primeiro trimestre com o primeiro trimestre de 2016, ele caiu 0,4% e no acumulado dos quatro últimos trimestres terminados em março a queda é de 2,3%. Portanto, muito pouco a se comemorar.

Quem precisa de emprego tem pressa
E a razão da taxa de desemprego ter aumentando mesmo com crescimento do PIB é porque tal crescimento é absolutamente insuficiente para absorver o contingente de novos entrantes no mercado de trabalho.

Portanto, quem torce por um Brasil melhor não pode se deixar iludir com retóricas que não considerem a necessidade premente de reduzir o atual nível de endividamento do Estado.